Lembramo-nos da Póvoa de Varzim, como a cidade que fez nascer e  
crescer exponencialmente o turismo balnear no distrito do Porto  
no século XX, do lugar dos pescadores no mar alto e da apanha do  
sargaço pelas "lindas tricanas na praia” que "deitam cantigas ao  
ar". Das malhas poveiras que já foram alvo de apropriação e das  
siglas dos pescadores que denominavam os barcos e a quem lhes  
pertencia. Dos desfiles de S. Pedro, por onde se reúne a gente dos bairros da Póvoa de Varzim, competindo amigavelmente com o seu esplendor.

O desenvolvimento da sede do concelho deixa para trás as  
povoações das freguesias do interior e erguem-se prédios enormes  
e brutos que garantem acolher todos aqueles que queiram lá  
viver. Estreitam-se os caminhos com essas grandes estruturas  
provocando trânsito e engarrafamentos onde nem as bicicletas  
conseguem passar.  

Lembremo-nos então do que fica para trás. As estradas nacionais  
que ligam os limites territoriais da Póvoa de Varzim são  
percorridas por cada vez mais habitantes e não têm a capacidade  
para o fluxo de tráfego que vai aumentando.  

A criação de transportes públicos sustentáveis poderão melhorar  
a mobilidade daqueles que pretendem circular dentro da cidade  
ou entre as povoações do concelho, conseguindo assim diminuir a  
utilização de automóveis a combustíveis fósseis.

Verifiquemos como se move a Póvoa.

(M)óvoa

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